quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Submersão subversiva

Sons brilhantes provenientes de aquedutos tranquilos, soltos ou em rodopio. Redes de pesca são habilmente lançadas aqui e ali, a esmo e ao além, buscando enredar peixes que já não existem mais.

Já não existem mais...

Aquedutos que desaguam numa lagoa profunda, um tanto turva, onde a luz não penetra mais do que uns poucos metros além da superfície. O fundo é frio, lodoso, mudo. O fundo é morto. Mas o desprovimento de vida ainda assim consegue emprestar beleza a essa lagoa; a beleza da paz, da calmaria que nada precede e por nada espera.

Contudo, um espichão, um movimento. A lagoa pressente que algo se move em suas profundezas elíseas. Há em mim algo estranho e intruso, ela confessa ao aqueduto, algo que em breve abandonará minha escuridão e virá à tona do ar e dos sons. E gritará: a natureza destas águas não é mais morta, pois eu (presumo que é provida de consciência), eu a habito em clandestinidade. Minha semente já foi plantada, e, tal qual Yggdrasil, brotará a ponto de tornar-se mundo. Um mundo chamado...

... chamado...

4 comentários:

Juca disse...

Pobremente inacabado, talvez. Mas nem toda incompletude é medíocre, afinal.

Lê disse...

(não espere nada inteligente rs)
Meo, sabe... os detalhes é o q mais chamam minha atenção em um texto!!
Lendo esse (assim como tantos outros seus), eu consigo ter uma imagem clara de tudo o que vc diz (ou o que eu acho q diz), literal e metaforicamente falando.
E eu realmente gosto disso!
Parabéns!
;P
ps: já te falei q vc escolheu o curso errado?!

Lê disse...

ps 2: errinho de leve na hora de escrever o comentário, mas é o sono e não a falta de conhecimentos gramaticais!
ps 3: Releva pq o que vale é a intenção!

Cissa disse...

querido,

o blog mudou: www.aprendizdeclarice.blogspot.com

só vi seu comentário hoje.
brigada por ele e por todos os que você ja deixou.

=*

p.s - achei engraçada a coincidência: você comentou no dia do meu aniversário! =P