sexta-feira, 18 de março de 2011

Rise of the robots

“O levante dos robôs, a insurreição dos circuitos. A justiça alada e armada com o metal que nos vingaria a todos, a mim e a você...”

Foi a primeira coisa que me veio à cabeça na manhã de ontem, tão clara como se a tivesse lido numa página de livro com encardenação vermelha e um marca-páginas feito com uma tira fina de cetim verde. Já repararam? É um cetim sempre verde, sempre marcando páginas. Nunca vi de outro jeito. E a frase continuava martelando, surda e alheia à minha incompreensão do uso correto da crase.

Reagi defensivamente: prometi nunca mais beber de novo e botei a culpa nos meus amigos de república, que lá no fundo eu sabia serem vampiros bascos. Mas a frase permanecia, ausente de explicação e de significado; pra mim a justiça devia ser... sei lá, cega - alada, nunca. Ai de mim se fosse alada!

Fugi pro banheiro. Reais ou não, aos olhos dos robôs somos todos iguais perante o trono.

Digo, sobre o trono.