domingo, 10 de agosto de 2008

A (ins)ciência dos vícios

Já quebrei meus grilhões, dirás talvez. Também o cão, com grande esforço, arranca-se da cadeia e foge. Mas, preso à coleira, vai arrastando um bom pedaço da corrente.

-Pérsio - Sat. V - 158

Procuro me livrar dos vícios de qualquer jeito, nem que seja inventando outros vícios. É porque prefiro inovar nos erros, pelo menos eu não erro duas vezes da mesma forma. Funciona? Óbvio, não funciona. Venho com esse papo pra cima de qualquer um, é claro, mas só eu sei que não passa de um embuste, de uma farsa. Meus vícios não têm mistério - são invencíveis e pronto (ponto).

Somar é fácil, enquanto que subtrair - ah!, subtrair é quase um orgasmo, e disso eu entendo. E se sou vulgar, é porque posso sê-lo: sempre o fui, sempre com cuidado, e todo o pudor do mundo jamais me pôde desmascarar. Mas isso também não é merda nenhuma, já que o pudor é uma coisa totalmente acéfala; mas vulgaridade, pra
isso sim é preciso de inteligência, muito embora haja também versões burras e vulgares de vulgaridade. E acrescento que dessas versões meus vícios não se sustentam, e confesso que parte do meu prazer reside na vã qualidade dessas coisas.

Um comentário:

Guilherme Mariano disse...

THE INTERNET IS FOR PORN!