quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Meu amor de amoras amorais

(e outras cacofonias ridículas)


imoral: contrário à moral; desonesto; libertino.
amoral: que não é nem contrário nem conforme à moral.


Num mundo cruelmente limitado pelas palavras, restam as analogias.

Sinto falta daquilo que não posso sentir falta, isto é, sinto falta de algo cuja falta não é passível de ser sentida. E sei que esse mesmo algo sabe de mim, que me nota e que também sente... falta.

Quero que me abracem e que me sintam como eu te sinto; cinto em volta da cintura, desafivelado, palpitante. Beijo minha boca como você me beijaria, e me pergunto: será? Hoje você pensou em mim, e se perguntou: seria?, mas a resposta soou pretensiosa.

Me afundo nos estudos, na dança, nas viagens e no álcool, tudo pra ver se encontro qualquer coisa que seja, porém, acho eu, não acho nada. Só acho que sinto um amor sempre pronto, confeitado, enfeitado - basta levar e comer. Se a procura for grande eu divido em vários pedaços, não tem problema, até empresto uma ou duas vasilhas.

Hoje acabamos com um beijo, um abraço e um carinho (pasmem, roubado; foi-se a época em que só se roubavam beijos de boca), só isso. Amanhã nos encontramos de novo, ou não, e aí sim pensamos no que fazer.

3 comentários:

Guilherme Mariano disse...

gostei desse, mesmo.

Letícia disse...

olha só que coincidência... também gostei desse. Mesmo, mesmo.

Lucy Ozuna disse...

sabes que siempre leo lo que escribes, siempre me parece interesante, pero este me gustó de forma distinta, me gustó mucho de verdad...
que saudades de ti =)
besos