quarta-feira, 4 de maio de 2011

Banguela Arlequim

O Arlequim sobe as ruas de subidas acentuadas,
ajeita a gola de um algodão descolorido,
ressona o guizo que balança do chocalho
e na graça de Colombina improvis’um sorriso.

O Arlequim corre a rua de ladeiras acetinadas,
torce os ligamentos do tendão enfraquecido,
espatifa a cara entre as pedras do cascalho,
maquiando o mundo com um rubro indeciso.

Um comentário:

Maria disse...

Este Arlequim está um pouco em mim, que anda à procura de paz, harmonia e amor, e que quebra a cara no chão duro, insensato, indiferente...
O que resta é o silêncio e o vazio...